quarta-feira, 26 de novembro de 2008



O DRAMA DO TRABALHO INFANTIL NA AMÉRICA LATINA E CARIBE

A Organização Internacional do Trabalho (OIT), estima que cerca de 217,7 milhões de crianças entre cinco e sete anos estão envolvidas no trabalho infantil em todo mundo. Dessas, cerca de 126,3 milhões estão em condições perigosas de trabalho, pertencendo assim ao grupo de crianças que trabalham nas piores formas de trabalho infantil.

Em diversos países latino-americanos as atividades domésticas consomem uma parte vital do tempo das crianças, especialmente das meninas. A atividade intensa no trabalho doméstico pode interferir com a educação e o tempo de recreação das crianças da mesma maneira que o trabalho. Na Nicarágua 92,9% do total de crianças entre 5 e 14 anos estão envolvidas nos serviços domésticos. Outros números sobre o tema na Região mostram o seguinte: Honduras (79,8%), Colômbia (72,1%), Belize (68,2%), Panamá (65,2%) e El Salvador (62,3%).

A maioria das crianças que trabalham na América Latina em idades entre 5 e 14 anos estão concentradas no setor agrícola, seguido do setor de serviços. Em Belize, 65% do total de crianças trabalhadoras estão na agricultura e 27,8% nos serviços, enquanto a Nicarágua tem 58,7% e 30,9%; Brasil tem 58,7% e 33,5%, El Salvador 53,2% e 30,7%, Panamá 66,1% e 31,2%, Honduras 59,1% e 28,5%, e a Guatemala tem 62,6% na agricultura e 23,4% nos serviços.

Os números acerca do trabalho infantil no Equador colocam a nação andina entre os países com os índices mais altos desta violação dos direitos humanos na América Latina. Estima-se que mais de 1 milhão de cidadãos entre 5 e 17 anos trabalhem em áreas como floricultura, plantações de banana, lixões, trabalho doméstico ou como vendedores ambulantes.

Aproximadamente 200 mil crianças entre cinco e 17 anos trabalham no Chile. No entanto, os menores de idade indígenas, sobretudo os que vivem em zonas isoladas, são obrigados pela miséria a deixar de ir à escola para poder trabalhar.

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