quarta-feira, 26 de novembro de 2008



INTRODUÇÃO

O trabalho infantil é um fenômeno ainda freqüente em países menos desenvolvidos e, até bem pouco tempo atrás, o mesmo ocorria em países mais desenvolvidos. Por um lado o trabalho infantil e visto por alguns como uma forma de engajar a criança ou adolescente em algum exercício que lhe pode ser útil quando adultos, seja porque aprendem algum ofício ou passam a desenvolver habilidades socialmente valoradas. Para outro, ele é simplesmente fruto de descaso ou egoísmo de pais e mães que usufruem dos benefícios sem considerar os possíveis males que possam causar as crianças. Embora estes argumentos possam ser válidos para situações pontuais e contextos específicos, na realidade, enquanto fenômeno de massa, o trabalho infantil esta fortemente associado à pobreza. O trabalho infantil pode ser um expediente utilizado por muitas famílias para enfrentarem situações de privações econômicas. Seja participando do mercado de trabalho ou exercendo atividades de produções domésticas, a criança assume um papel importante nos mecanismos de sobrevivência de sua família.

Se por um lado o trabalho infantil ajuda as famílias a sobreviverem sob difíceis condições econômicas, por outro ele pode acarretar conseqüências perversas sobre a criança. O trabalho infantil pode prejudicar o desenvolvimento das potencialidades da criança, seja afetando sua saúde física ou psicológica, seja tomando dela tempo e recursos que poderiam ser melhores dedicados à acumulação do seu capital humano. Sob este aspecto o trabalho infantil pode ser ineficiente, sabe-se que crianças que trabalham acabam por ter menor escolaridade e por obter menor salário quando adultos, se comparados a indivíduos similares que foram a escola (NAHIM, ORAZEM, SEDLACEK E EMERSON E PORTELA SOUZA – 2002).

Posto isto, torna-se necessário compreender bem os determinantes do trabalho infantil a fim de melhor auxiliar as políticas públicas voltadas ao seu combate e ao bem estar da criança em geral.

Nenhum comentário: